Prostituis-te para a destruição
Matas num cagagésimo tudo o que fiz
Nada constróis
Pairas pela vida como quem voa a apreciar
Mas não aprecias, não vives, não voas
Prostituis-te para a destruição
Transcendeste a minha criação
Levaste-me, segui-te
Enganei-me
Prostituí-me também
Engravidei da vida sem sentido
Engravidei da vida sem pensamento
Prostituí-me até me aniquilar
Não tenho tempo para ter tempo. Não quero ter.
Anseio ver a vida acontecer
Ainda recupero do aborto
Ainda faço luto
Abortei de mim, abortei de ti, abortei da vida.
Prostituís-te para a destruição
Prostituí-te antes para a vida
Acompanhar-te-ei
Andarei por perto, sem me fazer notar
sábado, 29 de janeiro de 2011
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